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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Querer


Eu só quero querer

Eu só quero não querer

Não querer aquilo que quero

Aquilo que não deveria querer

Mas ainda quero

Quero muito

Eu só quero

Não sentir mais

O medo de querer

Aquilo que quero

E não quero

Eu só quero

Querer. 

15 comentários:

Sonia Pallone disse...

Taí um sentimento que não dá pra definir mas que vive impregnado dentro da gente...Bjs querida.

Atitude do pensar disse...

Falou sobre o medo de querer. Meu maior medo é o próprio medo.
Meus quereres...ah, esses são vários!!!

luiz gustavo disse...

a lua desapareceu do céu


a tarde
em fiapos se esvai
e escrever é uma forma
de espantar este tédio

os nós dos sonhos
são os acasos
da noite

o ocaso entre o cosmos
e o corpo celeste:

- é crepúsculo ou ócio -

é tudo o que sinto
neste instante
nenhum músculo
me (co)move

muito mais a míngua
que a alma dita sorve

onde (re)nasce o alvor
desta face que se faz
trégua
para ser carcomida
que não se entrega
ou quase nada

como um peixe fora d’água
é farinha de osso mauro

e sob grossas lentes
esta engrenagem
gangrena e turva
como a tarde (ex)tensa
a arder em cadência
marcha lenta

veja: nas ruas este pó
se despedaçar
em pedras

onde as pedras
se servem de um mar
de lágrimas

o mesmo mar
que se enerva
lá onde a onda vaga
e se entreva

e são vagas as ondas
a açoitar o tempo
como o vento tresnoitar
os sonhos

ah ! os sonhos !
passam: a espuma e a névoa
quebram-se na calva areia
já cansada

do vai-e-vem do vem-e-vai
das águas desta tarde
inacabada

são trevas sobre os trevos
de três folhas no jardim
lá de casa

nenhum de quatro folhas
pois como sempre
estou sem sorte

( os pássaros passam os ácaros )

acordo nesta ausência
e tudo é claro e ácido
e está ao alcance:

inclusive a morte
(r)adiante

sem dó nem piedade
de nós mesmos
feito abantesma

entre os cancros
dos ramos dos álamos

súbito: um olhar pela porta
revela o âmbito
das estrelas

- e são mais do que pedras -

como o mármore branco
que emoldura o rosto
desta tarde que resta
tão serena ainda
em queda

Luis Eustáquio Soares disse...

olha ai,filha, esta ficando requisitada, com os quereres que querem, ao não queremem, e que não querem, ao quererem, nessa ambiguidade de existir, em que os quereres são o que são, múltiplos, variados, indefinidos, incertos; e por isso querem e não querem, porque se quiserem, simplesmente,como ponto final, deixam de querer, deixam de vivier.
é isso aí, continua surfando nos quereres..
beijos
teamo
l

OceanoAzul.Sonhos disse...

Querer, uma atitude sempre de louvar.
Gostei do seu espaço.

Obrigada pela simpatia deixada no Oceano.
um abraço
oa.s

Clube dos Novos Autores - CNA disse...

Olá querida!

Querer vencer significa já ter percorrido metade do caminho.

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Adriana, nova autora
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Catia Bosso disse...

Querer nem sempre é poder... pode ser um pouco de precipitação...

bjssss meussss

Há.dias.assim disse...

O difícil, por vezes, é sabermos o que queremos...

MEUS POEMAS disse...

Oi Raissa, fiquei mt feliz em saber que vc é filha do Eustáquio que eu conheço há mt tempo!
Dois grandes poetas, parabéns!
Bjs e obrigada por ter me visitado
Gena Maria

Canto da Boca disse...

A contradição, a ambiguidade, sentimentos tão nossos conhecidos, que não saberia mais viver sem eles. Eles sempre me querem e eu os quero também, rs.
E agora quero deixar um beijo grande:

smacks!

2edoissao5 disse...

dizem que querer é poder...

Luna Sanchez disse...

Somos o que queremos. A verdade (inconveniente) é essa.

Um beijo.

Smareis disse...

Difícil e saber de verdade o que queremos...
Adorei conhecer seu blog, e estarei te seguindo, venha conhecer meu blog e siga-me se gostares.
Desejo um ótimo final de semana cheio de muitas coisas abençoadas e muito feliz.
Beijos !
Smareis

Anônimo disse...

Seu blog é muito interessante...
.... Tenha um Lindo Dia!
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Fred Caju disse...

É um querer que não pode cessar!

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